Poema de Luis Gustavo de Lucena
Meu velho.
Vem comigo,
vamos sentar ali,
à beira daquele córrego,
de água limpa e pura,
como a vida que sonhamos.
Deixe que a brisa
mexa os teus cabelos
e que leve teus
pensamentos
para outras cabeças.
Deixes
teu amor
junto à pureza do córrego,
para que a correnteza
o leve para outros corações.
Permita que o sol
te ilumine,
porque dele
vem a luz eterna,
que te encherá de paz.
Mas,
não deixe que esta luz
te segue.
Permaneças
úmido como as pedras da corredeira,
para que teus desejos
escorreguem,
por entre elas,
e sigam livres,
feito a água,
para o mar.
Entretanto,
se nada disso conseguires,
suba ao alto daquela montanha,
que beira a cidade
e despeje,
no ar poluído,
a tua raiva,
para que se misture
à das pessoas que lá se agitam,
porque elas,
também,
não entenderam a minha mensagem
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