Que baita saudade de
minha mãe e dos seus conselho e lições
que me tornaram a criança que sou ate hoje.
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
MEU VELHO
Poema de Luis Gustavo de Lucena
Meu velho.
Vem comigo,
vamos sentar ali,
à beira daquele córrego,
de água limpa e pura,
como a vida que sonhamos.
Deixe que a brisa
mexa os teus cabelos
e que leve teus
pensamentos
para outras cabeças.
Deixes
teu amor
junto à pureza do córrego,
para que a correnteza
o leve para outros corações.
Permita que o sol
te ilumine,
porque dele
vem a luz eterna,
que te encherá de paz.
Mas,
não deixe que esta luz
te segue.
Permaneças
úmido como as pedras da corredeira,
para que teus desejos
escorreguem,
por entre elas,
e sigam livres,
feito a água,
para o mar.
Entretanto,
se nada disso conseguires,
suba ao alto daquela montanha,
que beira a cidade
e despeje,
no ar poluído,
a tua raiva,
para que se misture
à das pessoas que lá se agitam,
porque elas,
também,
não entenderam a minha mensagem
sábado, 23 de abril de 2016
segunda-feira, 14 de março de 2016
Briga de Touros
Autoria: Zeno Cardoso Nunes
A chuva de verão passou. Veio a
estiada.
O sol, a pino. A terra, inda molhada.
Um Zebu está esperando no rodeio
outro touro, um crioulo guapo e feio
que sempre fora o dono da invernada,
e a passo largo vem se aproximando,
e vem cavando terra, e vem berrando
tão grosso que parece trovoada!
Encontram-se e pelejam com denodo,
pondo em agitação o gado todo.
As aspas do Zebu, velozes como raio,
riscam do contendor o pêlo baio
que ao sol reluz e brilha,
enquanto os cascos de ambos, como arados,
sulcam os pêlos verdes e molhados
do lombo da coxilha!
No ardor da luta entesam os pescoços,
enrijecendo os músculos potentes
em férrea contração!
Depois vão se golpeando duramente,
com orgulho de touro não vencido,
com destreza de tigre enfurecido,
com raiva e decisão!
Uma hora eles passam nessa luta
de esforços colossais,
mas, envoltos na fúria do mormaço,
sentem fraquear os músculos de aço,
lutar nem podem mais.
Há pairando no ar morno e pesado
um forte cheiro de chifre queimado.
Os dois touros, briosos e valentes,
são iguais na coragem, no valor.
Mas no entrechoque bárbaro das guampas
o destemido filho aqui dos pampas
começa a demonstrar que é superior.
O Zebu bem conhece a luta bruta
lá da Índia selvagem de onde veio,
mas não pode vencer, por mais que o queira,
o touro aqui da terra brasileira
que o obriga a deixar o seu rodeio.
E triste, machucado e abatido,
depois de luta tão desesperada,
o pobre touro, além de ser vencido,
inda foi pelo outro perseguido
até sair de dentro da invernada.
Dias depois os corvos carniceiros,
voejando por cima de um banhado,
indicavam aos olhos dos campeiros
o lugar onde estava, entre espinheiros,
a carniça do touro derrotado.
O seu corpo, que o sol acariciava,
parece que tranqüilo descansava
do combate fatal,
enquanto em torno o gado, compungido,
cheirando o chão, de um jeito comovido,
berrava trstemente em funeral.
Dentre aquela sentida orquestração
destacou-se um mugido forte e grosso
que reboou plangente no rincão:
Era o berro do touro brasileiro
lamentando o destino do estrangeiro
que qusera ser dono do seu chão.
O sol, a pino. A terra, inda molhada.
Um Zebu está esperando no rodeio
outro touro, um crioulo guapo e feio
que sempre fora o dono da invernada,
e a passo largo vem se aproximando,
e vem cavando terra, e vem berrando
tão grosso que parece trovoada!
Encontram-se e pelejam com denodo,
pondo em agitação o gado todo.
As aspas do Zebu, velozes como raio,
riscam do contendor o pêlo baio
que ao sol reluz e brilha,
enquanto os cascos de ambos, como arados,
sulcam os pêlos verdes e molhados
do lombo da coxilha!
No ardor da luta entesam os pescoços,
enrijecendo os músculos potentes
em férrea contração!
Depois vão se golpeando duramente,
com orgulho de touro não vencido,
com destreza de tigre enfurecido,
com raiva e decisão!
Uma hora eles passam nessa luta
de esforços colossais,
mas, envoltos na fúria do mormaço,
sentem fraquear os músculos de aço,
lutar nem podem mais.
Há pairando no ar morno e pesado
um forte cheiro de chifre queimado.
Os dois touros, briosos e valentes,
são iguais na coragem, no valor.
Mas no entrechoque bárbaro das guampas
o destemido filho aqui dos pampas
começa a demonstrar que é superior.
O Zebu bem conhece a luta bruta
lá da Índia selvagem de onde veio,
mas não pode vencer, por mais que o queira,
o touro aqui da terra brasileira
que o obriga a deixar o seu rodeio.
E triste, machucado e abatido,
depois de luta tão desesperada,
o pobre touro, além de ser vencido,
inda foi pelo outro perseguido
até sair de dentro da invernada.
Dias depois os corvos carniceiros,
voejando por cima de um banhado,
indicavam aos olhos dos campeiros
o lugar onde estava, entre espinheiros,
a carniça do touro derrotado.
O seu corpo, que o sol acariciava,
parece que tranqüilo descansava
do combate fatal,
enquanto em torno o gado, compungido,
cheirando o chão, de um jeito comovido,
berrava trstemente em funeral.
Dentre aquela sentida orquestração
destacou-se um mugido forte e grosso
que reboou plangente no rincão:
Era o berro do touro brasileiro
lamentando o destino do estrangeiro
que qusera ser dono do seu chão.
Os 20 gaúchos do século
Os 20 gaúchos do século
O público elegeu os 20 Gaúchos que Marcaram o Século XX votando nos cupons publicados diariamente em Zero Hora. As cédulas também foram distribuídas nas lojas e pontos de venda dos patrocinadores (em Porto Alegre, Panvel, Arca Consórcio, Unisc e Confiança Seguros). Os eleitores eram auxiliados por uma lista de 45 nomes indicados pela RBS a partir de uma seleção prévia realizada pelos historiadores Luiza Kliemann, Luiz Roberto Lopez e Moacyr Flores, além do jornalista Carlos Urbim. Quem votava podia indicar o número de candidatos e também nomes que não constassem da lista. Os 20 primeiros colocados serão motivo de programas exibidos na RBS TV. Amanhã, logo depois do Jornal do Almoço, estréia o primeiro número, enfocando a vida e a contribuição do personagem que recebeu a maior quantidade de votos durante a promoção. A eleição dos gaúchos mais influentes do último século do milênio mobilizou a população rio-grandense. Comunidades inteiras realizaram campanhas em favor de seus representantes.
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domingo, 13 de março de 2016
MEU CANTO
DE Luís Gustavo de Lucena
No meu canto,
quieto,
ouvi um canto
vindo do canto
de meu coração
Um canto ,
um lamento
um pranto,
sofrido,
doído
que me rouba a razão
Um canto
vindo do canto morto,
de um passaro preso
que deseja ser solto,
para livre voar.
Um canto triste,
lento,
que,
levado pelo vento,
se perde no ar.
Um canto
sem melodia.
Um gemido
dolorido,
agonia
de quem está preste a explodir,
por não suportar o canto
e não encontrar um canto
para onde ir
No meu canto,
quieto,
ouvi um canto
vindo do canto
de meu coração
Um canto ,
um lamento
um pranto,
sofrido,
doído
que me rouba a razão
Um canto
vindo do canto morto,
de um passaro preso
que deseja ser solto,
para livre voar.
Um canto triste,
lento,
que,
levado pelo vento,
se perde no ar.
Um canto
sem melodia.
Um gemido
dolorido,
agonia
de quem está preste a explodir,
por não suportar o canto
e não encontrar um canto
para onde ir
MEU FILHO
sábado, 5 de março de 2016
ESTOU FICANDO VELHO
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